DERROTA

terça-feira, 17 de maio de 2011

Contas do ex-prefeito Gima são rejeitadas pela câmara

Apesar de ter conseguido 5
votos, Gima foi derrotado
O ex-prefeito de Coaraci, Joaquim Miguel Gally Galvão, o Gima, sofreu uma grande derrota política na noite desta segunda-feira (16). A câmara de vereadores, em uma sessão tensíssima, rejeitou suas contas referentes ao exercício financeiro 2008. Apesar de ter obtido maioria na votação (5 votos a favor da aprovação), as contas foram rejeitadas porque eram necessários dois terços da câmara.

E a sessão de julgamento das contas do ex-prefeito foi marcada por muita tensão e pela presença de vários correligionários e opositores do ex-prefeito.

O presidente da Comissão de Finanças e Orçamentos, e, relator das contas, Joilson Argolo (PSB) foi o primeiro a falar e pediu aos colegas que ratificassem o parecer prévio do TCM, que opinou pela rejeição das contas do ex-gestor. O que foi seguido pelos vereadores Antônio Macedônio e Binho Vila Nova.

Já os aliados de Gima apelaram pela aprovação das contas. E o circo pegou fogo no plenário. O presidente da casa, Neto da Colina, chegou a pedir pelo amor de Deus que as pessoas não se manifestassem, o que não foi seguido. Rosival Carvalho (DEM), aliado do ex-prefeito, atacou a atual administração, apelando para o chamado “decretão da prefeita”, que, segundo ele, retirou alguns direitos dos servidores municipais. Houve ainda um bate boca entre o vereador e um munícipe. Ao ser mandado calar-se, ele reagiu: “Cale a boca você, seu puxa saco da prefeita”, farpeou Rosival contra o munícipe. E em seguida tranqüilizou o cacique: “Gima, você está nos braços do povo!”.

E isso só foi um aperitivo do que aconteceu na sessão. Os ânimos exaltados gerou muitas acusações dos dois lados. A vereadora Naarah Ribeiro (PMDB), que votou a favor do ex-prefeito, foi a única que não definiu seu voto publicamente. Ela declarou: “O que Deus determinar eu vou fazer”.

A defesa de Gima insistiu em afirmar que o TCM cometera uma “injustiça” e que as contas estavam ali unicamente por questões contábeis, mas isso não convenceu aos quatro vereadores. Com a reprovação de suas contas, o ex-prefeito fica inelegível e vai ter que devolver aos cofres públicos cerca de R$ 114 mil, por ter gastado indevidamente R$ 520 mil do Fundeb.