Coaraci e a sina dos filhos da terra

Por Genisson Santos | em 8 de janeiro de 2012 - via Fato Entre Aspas

Nascer, crescer, estudar (ou não!), talvez casar e, em seguida, partir para os grandes centros urbanos do País, em busca de oportunidades, deixando para trás família, amigos e recordações de infâncias quase sempre marcadas pelo sofrimento. Esta tem sido a cruel sina de centenas de coaracienses. Sina esta que perdura geração após geração. Mas até quando?

Coaraci é uma das melhores cidades do País para se viver. A tranquilidade e a alegria de seu povo é o que conquista muitos que chegam à esta terra denominada apropriadamente de “Terra do Sol”. Ao contrário de cidades como Salvador, São Paulo, Rio Janeiro e até mesmo nossa vizinha Itabuna, onde os índices de violência são assustadores, por aqui ainda podemos dizer que reina a paz.

No entanto, o que falta e falta muito nesta terra é oportunidade de emprego para seus jovens. Infelizmente até hoje nenhum político buscou de forma eficaz meios de promover o desenvolvimento do município neste aspecto. O que se vê ano após ano, eleição após eleição são promessas vazias, infundadas e o triste decrescimento populacional do município. Às portas de completar seis décadas de existência e em pleno ano eleitoral, Coaraci vê-se com pouco mais de vinte mil bravos habitantes que, pelo menos por enquanto resistem ao ímpeto de partir.

Onde vamos parar? Será que estamos diante de uma cidade condenada às ruínas? A ver seus mais persistentes moradores embarcar no último “pau-de-arara” rumo à outra terra qualquer? Estamos condenados ao marasmo sócio-econômico? É preciso que se descubram formas de gerar emprego e renda. Mas enquanto isso não acontece, estamos aparentemente condenados à nossa própria sorte. E a sina continua!