Por Genisson Santos | em 31 de maio de 2011 - via Fato Entre Aspas
Contexto: greve que durou mais de 2 meses nas 4 universidades da BA
Diariamente me pergunto até quando nosso queridíssimo governador Jaques Wagner, ou “Waguinho” para os íntimos, irá manter essa postura truculenta com a classe dos professores. Até onde será que vai a concepção petista de democracia, onde se descaracteriza completamente a greve, como mecanismo legítimo que a classe trabalhadora tem para tentar lutar pelos seus direitos?
Não que eu seja a favor de greve, muito pelo contrário! Acho que é algo que, infelizmente, neste país não leva a nada. O que se soma ao final de um processo como este são os prejuízos irreparáveis. Porém, não podemos anuir que o direito dos docentes de lutar pelas suas causas seja-lhes arrancados a força, por um governo que já demonstrou não ter nenhum compromisso com a educação do estado.
Não é segredo para ninguém que o governador está mais preocupado em fazer propaganda de sua grisalha barba, do que em resolver os problemas das universidades da Bahia. (Em uma jogada de marketing, o chefe do Executivo baiano vendeu sua barba para a Gillette por R$ 500 mil). A educação baiana vive atualmente um momento dramático. Este é o estado onde se paga um dos piores salários do Nordeste... Isto é uma vergonha para nós!
Porém, refletindo, acho que nós, cidadãos, não podemos reclamar muito. Por quê? Porque fomos nós que colocamos este cacique no cargo para gerir os destinos da Bahia. Ele está em um cargo legitimamente constituído pelo povo. Somos nós os culpados! Culpados por ter acreditado! Caímos no conto do descendente de povo, do ex-trabalhador que aparentava-se a nós.
Como diria meu velho pai, “entramos pelo cano e saímos pela culatra!”.